O que se segue é um resumo do que aconteceu naquela quarto dia.
- Esses serão os nossos acompanhantes esta noite.
Com essa frase o peão, elevado ao plano de também ser um pirata, apresentou os outros três piratas para o Capitão Rilke.
Também no quarto dia, Rilke acabou não indo para Encontro. Descobriu graças a ajuda do nobre vizinho, que o combate que ele teria de enfrentar não aconteceria mais.
De qualquer forma, quando se está em um lugar e se tem um papel, pouco afeta o papel que você teria em outro lugar. E isso era desesperador. Ainda assim, havia alguma esperança. Tinha de haver. E ele a queria encontrar.
Acabaram indo os cinco para um lugar com boa música e bons cortejos. Foram eles para o Cubo, embora Rilke achasse que estivesse na verdade na Mansão.
- E você já estava antes de algum lugar antes de vir pra cá?
- Estava em um lugar chamado AMC.
Seus pés doíam bastante. Quem não eram bastantes eram os olhares que o Capitão não viu. A pergunta mesmo era a dúvida que veio depois, se por algum acaso veio algum lugar. Porque ele não pensou em reparar se havia tal coisa dirigida para ele. Rilke não queria olhares, mas lhe faria bem saber que ouve algum. Como não viu nenhum, então ele teve sim olhares. E a única maneira de não terem havido esses olhares seria os não vendo - mas o capitão não viu o não ver, então, era como se eles tivessem existido.
Depois, bem depois daquele dia, ele pensou o que aqueles olhares viam. Ver é algo tão forte, ainda mais quando se consegue ver mais do que aquilo que os olhos nos mostram. O que Rilke tentava ver? Pessoas.
- E o que é isso na sua cintura.
- Uma espada.
Mentiu. Na verdade ele carregava um sabre, mas normalmente piratas não possuem sabres, e sim espadas. Sabres eram itens de grande valor, e igual força.
- Não acredito.
- Não acredite.
Por um momento passou a conversar com o mais calado dos quatro, enquanto os outros dois dançavam entre si apenas para esbanjar e o antigo peão já tinha se ido embora. Um homem surgiu e sem nada dizer ofereceu uma bebida para o calado, que deu um gole. Então, depois, estendeu a mão para Rilke e o cumprimentou. Então foi embora. Nenhuma palavra.
Naquela noite ele ainda teve que enfrentar a si mesmo. Foi assim: O pirata capitão da Deo (um outro capitão!) o desafiou para mostrar as suas habilidades.
Lutar contra si mesmo é lutar contra os seus Desejos e tentar seguir a sua vontade. Foi assim que Rilke foi capaz de vencer o Dragão Luto.
- Isso que você tem na cintura não é uma espada.
- Como sabe se eu não tirei da bainha?
- Alguma vez você já foi nobre?
- Nunca.
- E como você tem esse sabre?
- E se eu lhe disser que eu tenho mais de um?
- Mais de um sabre?
- Espadas.
De ultima hora, o capitão foi dormir na casa do capitão da Deo, quem conhecera apenas há algumas cinco horas.
Disse o mais calado dos três, deitado do lado do capitão:
- Você está com sono?
O capitão disse a verdade após um segundo para comprovar a verdade.
- Não.
Acontecia de algumas vezes o capitão quando ficava acordade até tarde perder o sono que antes tinha. Então passava o dia sem mostrar nenhum sinal da cansaço, e de noite o sono só chegava perto da meia noite. Eram dias em que dormir parecia não ser necessário.
Então, já era cinco e meia da manhã e os dois começaram a conversar.
- E você jovem Rilke, porque não faz a barba?
- Promessa.
- Para conseguir o quê?
- Não sei. Antes de decidir que era promessa, foi preguiça. Então, quando você me perguntou, decidi que não corto por promessa.
- E vai ficar sem cortar até quando?
- Até ontem.
- Então você conseguiu.
- Consegui.
- O quê?
- Depois eu peço.
- Por que depois?
- Porque aquilo que eu mais quero nesse momento é impossível agora. Nem que eu prometesse matar o Dragão mais temido e cumprisse a promessa, ocorreria.
O Dragão que Rilke mencionava não era Luto. Havia um outro Dragão muito mais temido do que Luto.
Imaginou o Capitão Rilke que aquilo tudo foi uma armação do Capitão da Deo.
Tentou dormir o mais calado, mas na verdade não dormia. Rilke sabia disso porque ele se mexia muito e acordava várias vezes. Nesses intervalos eles conversavam um pouco. Uma das conversas foi assim:
- E essa espada diferente?
- Não é uma espada. É um sabre.
- Parece ter grande valor.
- Um grande valor.
- Imagino que você tenha matado um nobre para consegui-la.
- Um príncipe
Então o mais calado dormiu. Eram mais ou menos nove da manhã quando Rilke pensou consigo "proxima vez que ele acordar, eu o beijo". Então, mais ou menos nove da manhã, o Capitão Rilke se virou e acidentalmente cochilou.
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Um comentário:
Rilke cochilou? Perdeu a promessa, terá que tirá a barba.
Interessei-me: onde Rilke consegui o sabre? Porque Rilke ainda não matou esse dragão?
E a pergunta que não quer calar: o que é tão impossivel por um pirata tão nobre, que possui um sabre tão raro, e que faz promessas sem graças a serem alcançadas.
Espero Lado B.
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